Após a diminuição nas medidas tarifárias e lentidão nas negociações com outros países, como a China, Donald Trump achou uma nova vítima para criticar publicamente: Jerome Powell.
A relação entre os líderes dos Estados Unidos e do Federal Reserve já não era das melhores. Trump estava desaprovando a liderança de Powell ao longo de sua campanha eleitoral e isso se agravou após sua volta à Casa Branca.
No entanto, na semana passada, o chefe do Fed começou a ser alvo das críticas do republicano após ele alertar sobre os potenciais impactos das tarifas na economia e reduzir a probabilidade de cortes nas taxas de juros em breve.
“Podemos nos deparar com uma situação desafiadora em que nossos objetivos de duplo mandato estejam em conflito”, disse Powell, no Clube Econômico de Chicago. “Se isso acontecer, consideraremos o quão distante a economia está de cada objetivo e os horizontes de tempo potencialmente diversos ao longo dos quais estimamos que essas respectivas lacunas serão resolvidas”.
Trump, por sua vez, intensifica a pressão por uma redução forçada das taxas de juros. “Com esses custos caindo tão bem, exatamente conforme eu previa que fariam, quase não pode haver inflação, mas pode haver uma DESACELERAÇÃO na economia, a menos que o Sr. Tarde Demais, um grande fracassado, corte as taxas de juros, AGORA”, disse Trump em um post no Truth Social.
Os ataques de Trump não foram bem recebidos pelo mercado, que testemunhou uma queda acentuada nas ações em Wall Street na sessão de ontem, quando parte das bolsas globais estava fechada devido a feriados.
O receio é de uma possível intervenção no Fed. Na sexta-feira (18), um assessor da Casa Branca mencionou a possibilidade de Trump e sua equipe considerarem a demissão de Powell — algo que está fora do alcance do presidente dos EUA.
Hoje, as atenções continuam voltadas para o embate Fed x Casa Branca, mas também se dividem com a temporada de divulgação de resultados das empresas norte-americanas. Nesta terça-feira (22), será divulgado o balanço da Tesla, enquanto na quinta-feira (24) teremos os resultados da Alphabet (empresa controladora do Google).
As bolsas asiáticas encerraram de forma mista. O mercado europeu também opera sem uma direção clara, enquanto os futuros de Wall Street registram ganhos no início desta manhã.
No Brasil, o mercado está aos poucos retomando o ritmo após o intervalo de feriados da Páscoa e de Tiradentes, que manteve a bolsa fechada.
A agenda de indicadores está relativamente vazia, com destaque apenas para o Relatório Focus desta semana, cuja divulgação pelo Banco Central foi adiada em um dia.
Além disso, os investidores estão se preparando para a divulgação da prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que ocorrerá na sexta-feira (25).
No âmbito empresarial, terá início a temporada de divulgação dos balanços do primeiro trimestre de 2025 (1T25). A AgroGalaxy (AGXY3), que enfrenta um processo de recuperação judicial, inicia o cronograma de divulgações no dia 22, trazendo, porém, o balanço referente ao quarto trimestre de 2024 — que foi postergado.
Na quarta-feira (23), a Hypera (HYPE3) dará início à divulgação dos balanços após o fechamento do mercado. Já na quinta-feira, será a vez da Vale (VALE3) e da Usiminas (USIM5) apresentarem os resultados do período de janeiro a março.
Em Brasília, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participará de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para abordar as diretrizes, a implementação e as perspectivas da política monetária brasileira.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) fechou em 129.650,03 pontos, apresentando um aumento de 1,04%. Ao longo da semana, o Ibovespa registrou uma alta de 1,54%.
Quanto ao dólarUSBRL), encerrou as negociações em R$ 5,8037, com uma queda de 1,05% em relação ao real. Durante a semana, a moeda teve uma queda de 1,14%.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, teve um aumento de 0,20% no after-market de ontem, sendo cotado a US$ 25,25.
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (mercado ativo)
Wall Street (mercado futuro)
Commodities
Criptomoedas
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Fonte: Money Times
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