O líder Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta terça-feira (22) que os empreendedores do Brasil e do Chile precisam desenvolver as relações comerciais para impulsionar o desenvolvimento da economia dos dois países.
Na cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Chile, em Brasília, ele encorajou os empresários brasileiros a adquirirem mais produtos do Chile, visando equilibrar a balança comercial.
“É essencial que os investidores chilenos e brasileiros reconheçam que um acordo vantajoso é aquele em que todas as partes se beneficiam. E como principal economia da América Latina, o Brasil deve compreender que é necessário flexibilizar para viabilizar as transações. Não se trata de realizar um favor, mas de agir com equidade”, afirmou, ao lado do presidente chileno, Gabriel Boric.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil é o principal parceiro comercial do Chile na América do Sul, com predominância para mercadorias industriais. Já o Chile é o sétimo maior parceiro comercial do Brasil e representa 2,1% do fluxo comercial brasileiro.
No ano de 2024, o comércio entre os dois países totalizou US$ 11,7 bilhões, com US$ 6,7 bilhões em exportações brasileiras para o Chile e US$ 5 bilhões em importações.
Lula também enfatizou que os países da América Latina não devem depender apenas da assistência dos países mais desenvolvidos, como Estados Unidos e União Europeia.
“Não podemos contar com a generosidade alheia para enriquecer, são eles que se beneficiarão. O que necessitamos é prosperar a partir de nossa competência e investimento próprios”.
Boric ressaltou a estabilidade socioeconômica do Chile, tornando-o um destino atrativo para investimentos.
“O Chile é um parceiro confiável, um país estável, seguro que respeita as regras do jogo e com quem é viável estabelecer negociações mutuamente benéficas”.
O mandatário chileno também assegurou que o país não apoia nenhum tipo de guerra comercial.
“Entendemos que o comércio visa unir os povos, gerar riqueza e distribuí-la de forma equitativa. Quando se opta pelo protecionismo, os mais afetados não são as elites políticas, mas sim as pessoas, as famílias, os pequenos produtores”.
Anteriormente, Boric esteve no Palácio do Planalto em visita oficial. A presença do chileno tem como objetivo fomentar a diversificação das relações entre Brasil e Chile, com uma maior integração logística e comercial.
O Fórum Empresarial Brasil-Chile é promovido pela CNI e a Sociedad de Fomento Fabril do Chile. A expectativa é de 250 participantes, incluindo empresários, representantes de entidades setoriais e autoridades dos dois países.
O propósito do evento é fortalecer os laços comerciais, estimular investimentos e fomentar a inovação, abordando o ambiente de negócios e as prioridades do setor privado.
A programação do fórum contempla debates sobre a integração de cadeias produtivas e a cooperação em áreas estratégicas como energia, turismo e finanças sustentáveis.
Fonte: Agência Brasil
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