Pela primeira vez em toda a história, a Dívida Nacional Brasileira (DNB) ultrapassou o montante de R$ 7,5 trilhões, estimulada pelos encargos financeiros. De acordo com dados divulgados na presente quarta-feira (30) pelo Tesouro Federal, a DNF aumentou de R$ 7,492 trilhões em fevereiro para R$ 7,508 trilhões no mês recente, apresentando uma elevação de 0,22%.
No mês de junho do ano anterior, o indicador ultrapassou pela primeira vez os R$ 7 trilhões. Apesar do avanço notável em março, a DNB permanece aquém do planejado. Conforme estabelecido no Plano Financeiro Anual (PFA), revelado no início de fevereiro, o saldo da DNB deve encerrar o ano de 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.
A Dívida Nacional Mobiliária (em papéis) doméstica (DNMDo) registrou um aumento de 0,29%, passando de R$ 7,178 trilhões em fevereiro para R$ 7,199 trilhões em março. No mês recente, o Tesouro efetuou o resgate de R$ 52,99 bilhões em títulos a mais do que a emissão, primariamente em títulos vinculados à Taxa Selic (encargos fundamentais da economia). Entretanto, a diminuição do estoque de títulos foi compensada pela incorporação de R$ 74,09 bilhões em encargos.
Através da incorporação dos encargos, o governo reconhece, mensalmente, a correção dos encargos que incide sobre os títulos e agrega o valor ao saldo da dívida nacional. Com a Taxa Selic (encargos fundamentais da economia) em 14,25% ao ano, a incorporação de encargos pressiona o endividamento governamental.
No mês recente, o Tesouro emitiu R$ 133,112 bilhões em títulos da DNMDo. Com o elevado volume de vencimentos em março de títulos corrigidos pela Selic, os resgates totalizaram R$ 186,102 bilhões.
A Dívida Nacional Brasileira externa (DNBe) reduziu 1,53%, passando de R$ 314,34 bilhões em fevereiro para R$ 309,54 bilhões em março. A principal causa foi a queda de 1,53% do dólar no mês recente.
Fonte: Agência Brasil
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