No início desta semana, Donald Trump mencionou que “a responsabilidade está com a China” sobre o tema das tratativas comerciais com os Estados Unidos. Portanto, o governo chinês apresentou suas condições para iniciar a conversa.
Pequim requer que os EUA demonstrem “consideração” e “cessem de ameaçar e chantagiar” — contrariando a postura agressiva do presidente Trump.
“Se os EUA genuinamente desejam resolver o assunto por meio de diálogo e negociação, precisam suspender a aplicação de pressão extrema, parar de ameaçar e chantagiar, e negociar com a China com base na igualdade, consideração e benefício mútuo”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Essa é a segunda vez que o governo chinês revela sua falta de interesse em entrar, de fato, em uma batalha comercial. Após a Casa Branca elevar as tarifas sobre produtos chineses em 145%, a China revidou com tarifas de retaliação aumentadas para 125% e deixou claro que essa seria a última vez.
“A imposição consecutiva de tarifas excessivamente elevadas à China pelos EUA tornou-se meramente um jogo numérico, desprovido de qualquer significado econômico real. Isso apenas evidencia ainda mais a prática americana de utilizar tarifas como instrumento de intimidação e coerção, tornando-se motivo de piada”, declarou o governo naquela oportunidade.
Os impactos da guerra comercial já começam a suscitar preocupações nos mercados. Recentemente, Wall Street registrou queda após o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que mencionou que “mudanças políticas substanciais” implementadas pelo governo Trump tendem a distanciar o banco central norte-americano de suas metas.
“Podemos nos deparar com um cenário desafiador em que nossos objetivos de dupla atribuição sejam contraditórios”, disse Powell em um evento do Clube Econômico de Chicago. “Se isso se materializar, consideraremos o nível de distanciamento da economia em relação a cada meta e os diferentes horizontes temporais nos quais se espera que tais discrepâncias sejam corrigidas”.
Isso porque, conforme Powell, as tarifas de importação deverão resultar em maior inflação e crescimento mais lento. Na visão dele, os impactos da política tarifária permanecem “altamente incertos”, e prevê-se que a volatilidade nos mercados persista por um período considerável. A expectativa é de que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano em sua próxima reunião, em maio.
As bolsas asiáticas encerraram o dia em território positivo. Os mercados europeus operam em queda, enquanto os futuros de Wall Street apresentam sinais mistos nas primeiras horas deste dia.
Na última sessão, o Ibovespa (IBOV) terminou em 128.316,89 pontos, registrando uma queda de 0,72%, influenciado pela queda abrupta dos índices de Wall Street. Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações em R$ 5,8650, apresentando desvalorização de 0,42% em relação ao real.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, teve alta de 0,08% no pós-mercado de ontem, cotado a US$ 24,81.
Indicadores econômicos
Agenda – Lula
Agenda – Fernando Haddad
Agenda – Gabriel Galípolo
Bolsas asiáticas
Bolsas europeias (negociações em curso)
Wall Street (futuros de mercado)
Commodities
Criptomoedas
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Fonte: Money Times
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