Lançada em janeiro de 2025, a inteligência artificial DeepSeek, desenvolvida por uma empresa chinesa, agitou o mercado de modelos de linguagem de grande porte (LLMs) com sua proposta inovadora. Ao oferecer desempenho similar ao do ChatGPT da OpenAI, mas com custos de treinamento significativamente menores, a DeepSeek está desafiando as gigantes da tecnologia. A IA da DeepSeek, com um custo de US$ 6 milhões, é apenas uma fração dos US$ 100 milhões necessários para o treinamento do GPT-4.
Com o impacto da DeepSeek, as grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, como Amazon, Microsoft, Google e Meta, intensificaram os investimentos em IA. De acordo com balanços financeiros, essas empresas devem investir até US$ 320 bilhões até o final de 2025, um aumento significativo frente aos US$ 246 bilhões de 2024.
Os aportes têm como objetivo expandir a infraestrutura necessária para sustentar modelos de IA mais avançados. Além disso, as big techs estão se voltando para a fabricação de chips próprios, como os TPUs do Google e os chips Azure Maia da Microsoft, visando reduzir a dependência da Nvidia.
O governo dos Estados Unidos também está em movimento para impulsionar o desenvolvimento de IA. O ex-presidente Donald Trump anunciou o projeto Stargate, uma colaboração entre empresas como OpenAI, SoftBank e Oracle, com um investimento inicial de até US$ 500 bilhões. O objetivo é reforçar a liderança americana no setor de IA por meio de parcerias público-privadas.
Embora os investimentos estejam crescendo, o mercado está apreensivo quanto ao retorno financeiro desses aportes. Investidores temem que os custos elevados de desenvolvimento da IA não resultem em lucros rápidos. Esse cenário se intensificou após o lançamento da DeepSeek, que obteve resultados impressionantes usando chips antigos da Nvidia.
"A redução dos custos de IA deve aumentar a demanda, o que será positivo para as grandes empresas de tecnologia", afirmam executivos do setor.
A chegada da DeepSeek reforça a competitividade no setor, forçando as big techs a investirem ainda mais em inovação. Modelos avançados de IA podem transformar o mercado, oferecendo maior eficiência operacional e possibilitando automação de processos.
Além disso, as empresas estão focadas na monetização da IA por meio de produtos como o Microsoft Copilot e o Gemini do Google. A inteligência artificial está sendo incorporada em diversos serviços, como assistentes virtuais, mecanismos de busca, geração de conteúdo e publicidade, o que se torna um diferencial importante para as empresas que atuam no mercado digital.
Com o setor de IA ainda em pleno crescimento, as empresas de tecnologia estão determinadas a garantir sua liderança. A inovação e a busca por novos modelos de negócios baseados em IA devem continuar a impulsionar a evolução do mercado.
O foco agora está em consolidar a competitividade e explorar novas fontes de receita, com a inteligência artificial ganhando cada vez mais espaço em diferentes setores da economia.
Fonte: Ana Paula Debiazi, CEO da Leonora Ventures
Sobre Ana Paula Debiazi: CEO da Leonora Ventures, uma corporate venture builder que apoia o crescimento de startups inovadoras nas áreas de varejo, logística e educação. Para mais informações, acesse leonoraventures.com.br.
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