Os principais instituições financeiras globais reduziram as previsões para o crescimento econômico da China neste ano, uma vez que as impostos agressivas do líder dos Estados Unidos, Donald Trump, devem impactar a segunda maior economia do planeta.
As tensões comerciais entre China e EUA têm se agravado desde que Trump declarou tarifas recíprocas em 2 de abril, o que resultou em taxas retaliatórias sobre os produtos de ambos os países.
Até 11 de abril, a China praticamente enfrentava um embargo comercial dos EUA, já que as tarifas norte-americanas sobre o país aumentaram para 145%. Contudo, nesta quarta-feira (16), a Casa Branca ‘corrigiu’ o percentual para 245%.
Antes do ‘tarifaço’, alguns dos bancos haviam aprimorado suas previsões para a China há somente um mês, encorajados por indícios de melhoria na economia nos dois primeiros meses do ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) chinês do primeiro trimestre superou as previsões, com um crescimento anual de 5,4%, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (16). Os especialistas previam um aumento de 5,1%.
No decorrer do ano, espera-se que a segunda maior economia mundial cresça 4,5%, em contraste com a expansão de 5,0% de 2024, segundo informações de economistas consultados pela Reuters. Este valor também deve ficar abaixo da meta oficial do governo de 5,0% para este ano.
No ponto de vista do Citibank, há escasso espaço para um acordo entre os EUA e a China após as recentes intensificações de tensão. Para o banco, as políticas internas poderiam focar mais na ampliação da demanda, com novos estímulos econômicos.
“Prevemos um financiamento adicional de 1 a 1,5 trilhão de yuans (US$ 205 bilhões) enquanto a execução de políticas se intensifica”, menciona o banco em relatório.
Seguindo a mesma linha, os analistas do Morgan Stanley antecipam que as autoridades chinesas lancem o pacote de incentivo de 2 trilhões de yuans.
Conforme o Goldman Sachs observa, os eventos recentes evidenciaram a rapidez com que o presidente Trump pode modificar as tarifas, ao passo que há maior probabilidade de que as tarifas mais elevadas sobre os produtos chineses continuem.
“Calculamos que de 10 a 20 milhões de colaboradores na China podem estar expostos às exportações dos EUA. Prevê-se que a combinação de tarifas excepcionalmente altas dos EUA, declínio acentuado nas exportações para os EUA e uma economia global desacelerada resultem em pressões substanciais sobre a economia e o mercado de trabalho chineses”, afirmam os analistas do banco.
O UBS, por outro lado, estima que as exportações da China para os EUA diminuam em cerca de dois terços (aproximadamente 67%) nos próximos trimestres, o que deve representar uma redução de 10% em dólares neste ano.
| Previsão do PIB da China em 2025 | ||
| Grupo Bancário | Antigo | Atual |
| Citi | 4,7% | 4,2% |
| Goldman Sachs | 4,5% | 4,0% |
| Morgan Stanley | 4,5% | 4,2% |
| UBS | 4% | 3,4% |
*Com informações da Reuters
Fonte: Money Times
Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!
Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!