A cifra de vendas da indústria de máquinas e equipamentos atingiu 67,5 bilhões nos primeiros três meses do ano, com um acréscimo de 15,2% em relação ao mesmo período de 2024. Os números, divulgados hoje, provêm da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O faturamento das vendas domésticas totalizou R$ 51,6 bilhões de janeiro a março, um aumento de 18% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
“Este desempenho reforça a percepção de um início de ano favorável. Entretanto, já começam a surgir indícios de alerta: o setor pode enfrentar desafios mais significativos na segunda metade do ano, devido aos impactos acumulados da política monetária restritiva e de um cenário macroeconômico mais complexo”, comunicou a entidade em seu comunicado.
No que se refere às exportações do setor, o total foi de US$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre, representando uma queda de 5,8% em comparação com o mesmo período de 2024. Segundo a Abimaq, houve uma diminuição expressiva das compras de máquinas e equipamentos nacionais por parte dos principais destinos, principalmente na América do Norte. Neste intervalo, todos os países desta região reduziram suas importações do Brasil: os Estados Unidos em 30,2%; o México em 30%; e o Canadá em 27,2%.
Por outro lado, as vendas para a Europa e América do Sul aumentaram consideravelmente, com crescimentos de 16,1% e 12,9%, respectivamente. Destacou-se a Argentina entre os países sul-americanos, com um aumento de 59,3%, especialmente no segmento de máquinas agrícolas e de construção civil.
Um ponto de destaque nesse período foi o aumento das exportações para a China (aumento de 203,1%), consolidando-se como o sexto principal destino das exportações no primeiro trimestre, com uma parcela de 3,1% do total exportado, em comparação com 1% no mesmo período de 2024.
As importações de máquinas e equipamentos atingiram US$ 7,8 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 12,9% em relação ao mesmo período do ano anterior . No acumulado de janeiro a março, a participação chinesa subiu para 34%, ultrapassando tradicionais fabricantes de máquinas e equipamentos como os Estados Unidos e a Alemanha, com um crescimento de 30,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
“Esse reposicionamento não apenas reflete uma tendência de longo prazo, mas também a consolidação da China como principal hub de fornecimento de máquinas e equipamentos, influenciando diretamente a dinâmica do mercado de bens de capital no Brasil e no mundo”, declarou a Abimaq em seu comunicado.
Fonte: Agência Brasil
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