O inédito nível do Minha Residência, Minha História, validado pelo conselho fiscalizador do FGTS hoje (15), atende famílias com ganho de até R$ 12 mil por mês.
O governo calcula que, ainda em 2025, serão subsidiadas até 120 mil unidades para esse recente público, que previamente ficava excluído do programa por superar o teto de renda então fixado em R$ 8 mil todo mês.
A nova categoria começa em funcionamento em 5 de maio e está aberta a todas as instituições financeiras. Os termos de financiamento contemplam juros de até 10% ao ano, menores que os oferecidos pelo mercado.
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Bancos Diminuem Projeções de Crescimento Econômico da China para Abaixo de 5% Após Tarifas de TrumpPara este ano, a versão terá um total de R$ 30 bilhões, direcionados a propriedades de até R$ 500 mil, tanto novas quanto usadas.
O prazo de quitação pode alcançar 35 anos, com financiamento de até 80% do valor do imóvel, e é permitido o emprego do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a operação de crédito.
MCMV: Reajuste nas categorias
Além da introdução da recente categoria, o comitê fiscalizador do FGTS também aprovou a correção nos limites de renda das outras segmentações do programa:
Financiamento mais abrangente, mas com precaução
Com as transformações, o programa expande seu alcance para famílias de classe média, historicamente posicionadas em uma região intermediária — com ganhos insuficientes para obter crédito em boas condições no mercado, porém também fora dos critérios dos MCMV, explana Lucas Sharau, economista da iHUB Investimentos.
No aspecto do planejamento financeiro familiar, a recente categoria cria uma possibilidade real de acesso ao crédito com juros mais baixos, principalmente em um contexto macroeconômico ainda desafiador.
Apesar disso, as condições do mercado permanecem rigorosas, e o risco de inadimplência permanece elevado, sublinha Lucas.
“Temos observado um aumento de imóveis em leilão, reflexo de famílias que não foram capazes de cumprir seus compromissos. E isso tende a se intensificar caso o crédito seja ampliado sem a devida orientação”, alerta o especialista.
Segundo levantamento da plataforma Superbid Exchange, a quantidade de leilões de imóveis teve crescimento de 86% no ano passado, em comparação com 2023. Um total de 16 mil propriedades foram disponibilizadas para lances, entre casas e apartamentos, ante 10 mil no ano anterior.
Fonte: Money Times
