Uma das prioridades do Banco Central (BC) neste ano será a atualização do Pix, com o desenvolvimento de funcionalidades e o aprimoramento de modalidades já existentes, declarou hoje o presidente do órgão, Gabriel Galípolo. Durante um evento em celebração às seis décadas da instituição, ele divulgou que a autoridade monetária planeja introduzir um sistema que possibilite o uso do Pix como garantia de empréstimos.
Uma das inovações reveladas por Galípolo foi a introdução do Pix Seguro. Nesse modelo, em progresso pelo Banco Central desde o ano anterior, o Pix poderá ser utilizado como garantia de crédito, viabilizando que empresas empreguem os futuros recebimentos para adquirir crédito em condições mais favoráveis.
Além do Pix Seguro, Galípolo revelou que o BC está aprimorando o Pix por proximidade, tornando-se mandatório em fevereiro, e o Pix parcelado, com lançamento previsto para setembro deste ano.
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Desobstruir Canais da Política Monetária: Desafios e Reformas Segundo GalípoloO Pix parcelado, em tese, funcionará como um pagamento com cartão de crédito a prazo. A pessoa recebedora continuará a obter o valor total da venda de maneira imediata, porém o pagante contratará um empréstimo pessoal ao dividir a compra. Segundo Galípolo, o Pix parcelado deverá fornecer taxas de juros inferiores às dos cartões.
Proteção
No decorrer da cerimônia, o próprio Galípolo também divulgou a intenção de continuar a investir na proteção do Pix. “Planejamos aprimorar a segurança do Pix, monitorando recursos em virtude de fraudes”, afirmou Galípolo.
Recentemente, o BC comunicou uma série de aperfeiçoamentos na segurança do Pix, incluindo a exclusão de cerca de 8 milhões de chaves vinculadas a Cadastros de Pessoas Físicas (CPF) em situação irregular. A medida visa evitar que criminosos utilizem Pix associados a indivíduos falecidos para cometer fraudes.
Drex
O presidente do BC também revelou a intenção de continuar o desenvolvimento do Drex, versão digital do real. Recentemente, a autoridade monetária divulgou que a primeira fase do projeto da criptomoeda enfrentou obstáculos em relação à confidencialidade, à salvaguarda dos dados e à fiscalização pela autoridade monetária.
O desenvolvimento da segunda etapa do Drex, que prevê a execução de contratos automatizados e modelos de negócios criados pelos grupos que participaram da primeira fase, também sofreu atrasos.

